Para dançar não é preciso luz, nem manter os olhos abertos. A ausência de visão não impede que emoções e sentimentos se expressem pelo movimento do corpo. Reconhecido internacionalmente como o único grupo do mundo formado exclusivamente por pessoas com deficiência visual, o Ballet dos Cegos fez um espetáculo aos congressistas no primeiro dia do evento. A iniciativa une arte e inclusão, valorizando a dança como instrumento de transformação social e chamando a atenção
para a importância da saúde ocular.
Todos os integrantes do Ballet convivem com algum grau de deficiência visual. Há os que são cegos, outros têm baixa visão. Para dar vida à dança, os bailarinos utilizam uma metodologia adaptada a diferentes necessidades. O método estimula percepção espacial, coordenação motora e consciência corporal, favorecendo o uso da visão residual e o aproveitamento máximo das capacidades de cada um. Assim, crianças, jovens e adultos conquistam independência e confiança, explorando estilos variados: do balé clássico ao contemporâneo, passando pelo sapateado, dança de salão, com elementos de teatro e musicalização.
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