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Conselho Brasileiro de Oftalmologista faz alerta para riscos para os olhos durante o verão

Conselho Brasileiro de Oftalmologista faz alerta para riscos para os olhos durante o verão

Em live para a população, especialistas abordarão medidas a serem adotadas para evitar o risco de transtornos que prejudicam a visão

 

Tersol, blefarite, conjuntivite, ressecamento das córneas. Esses são apenas alguns dos problemas que podem afetar a saúde dos olhos durante o verão. Por isso, é preciso tomar medidas preventivas que evitam dores de cabeça. O alerta é do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que promove em 27 de janeiro uma atividade voltada para a população, onde abordará esse tema.

A live, onde os participantes receberão orientações sobre como cuidar dos olhos no verão, acontecerá em 27 de janeiro (quarta-feira), com transmissão aberta ao público pelos canais da instituição no YouTube e no Facebook. A iniciativa faz parte do projeto “Brasil que enxerga”, coordenado pelo CBO, que a cada 15 dias coloca em debate temas de interesse para a saúde ocular.

“Esse programa do CBO visa transmitir conhecimento para o público leigo de forma acessível, isto é, em uma linguagem não-médica, para que a população compreenda todas as maneiras que estamos discutindo sobre determinado tema. Quando falamos da saúde ocular no verão, sabemos que os nossos olhos são mais expostos às praias, piscinas e outras alterações climáticas”, explica o vice-presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino.

Para ele, é fundamental que a população entenda alguns cuidados básicos para que se tenha uma boa saúde ocular. “Durante o ano inteiro é importante cuidar dos olhos, mas no verão nós estamos mais expostos a situações adversas que muitas vezes não somos submetidos durante todo o ano”, salienta.

Participarão da live como palestrantes convidados a oftalmologista Patrícia Marback, que é membro do CBO e da Sociedade Brasileira de Córnea e Banco de Tecidos (SBC), e o dermatologista Guilherme Muzy, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Na moderação, juntamente com Cristiano Caixeta Umbelino, que também é professor do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, estará o jornalista Humberto Martins, apresentador do programa Fator de Risco, da Rádio Câmara.

Protetor solar - Verão combina com sol, praia, mar, piscina. A estação mais quente do ano é um chamariz para um mergulho. Contudo, muitas pessoas não têm consciência dos problemas ocasionados à visão pelos raios solares, que nesta época do ano ficam ainda mais intensos.

“A exposição aos raios ultra violeta trazem problemas imediatos, tais como ardor e vermelhidão devido à irritação da conjuntiva e da córnea, camadas mais externas dos olhos. Em longo prazo, problemas mais graves como o câncer de pele na região das pálpebras, catarata e degenerações na retina podem ser complicadores da visão”, explica a oftalmologista Patrícia Marback.

Especialista em Doenças Externas, Córnea e Cirurgia Refrativa e Doutora em Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Patrícia Marback chama a atenção para os cuidados com o uso de protetor solar na região dos olhos. Segundo alerta, é preciso ter cuidado na aplicação para que ele não entre nos olhos, provocando irritação química da conjuntiva e da córnea, que pode até persistir por alguns dias. “O ideal é sempre buscar protetores que sejam para uso facial e que não saiam facilmente na água, ao entrar no mar, na piscina ou até mesmo com o suor”, frisa.

A especialista observa ainda que a exposição à água contaminada da piscina ou do mar, especialmente para quem usa lentes de contato, deixa os olhos vulneráveis à contaminação por bactérias e outros micro-organismos. Por isso, antes de um mergulho, é preciso retirar, higienizar e guardar com cuidado as lentes de contato.

Altas temperaturas – Além dos cuidados ao entrar na água, a médica oftalmologista explica o impacto das altas temperaturas. Segundo conta, o calor aumenta a produção de glândulas sebáceas, o que faz subir a possibilidade de casos de blefarite e tersol em indivíduos com predisposição. “Pessoas com a pele do rosto mais oleosa devem higienizar as pálpebras com produtos específicos ou xampu infantil neutro com mais frequência nesta época do ano”, orienta.

Outro ponto a ser considerado é o ressecamento dos olhos, situação comum, especialmente pelo contato com a água salgada do mar ou o cloro da piscina. Para prevenir irritações e infecções em decorrência, ela dá uma dica: ter sempre à mão um colírio lubrificante e aplicar quando necessário. “Contudo, é importante que a pessoa faça uma consulta com um oftalmologista para que este profissional possa prescrever o colírio mais indicado para ela. Há colírios vasoconstritores que, apesar de ter um resultado imediato no clareamento da conjuntiva, não são recomendados para lubrificação”, salienta Patrícia Marback.

O vento também pode causar transtorno, ao levar corpos estranhos para os olhos e reforçar o ressecamento. Uma forma de proteção é proteger a visão com óculos escuros. “Lembrando sempre que os óculos escuros devem ter lentes de proteção UVA, UVB e UVC. O aumento da temperatura, o ressecamento e a poluição aumentam a coceira e a sensação de irritação nos olhos e os óculos escuros podem proteger também desses sintomas”, destaca a especialista.

Aglomerações - Além disso, a oftalmologista salienta que os casos de conjuntivite aumentam no verão, especialmente se objetos pessoais como tolhas, especialmente de rosto, óculos de sol, roupas de cama são compartilhados, uma vez que a propagação dessa infecção se dá por meio do contato físico.

Neste sentido, ela lembra que no verão, para evitar infecções oculares, é importante evitar locais de aglomeração em ambientes fechados ou ao ar livre, como em praias, piscinas ou cachoeiras. Esse cuidado, além de evitar problemas para a visão, ajuda a reduzir a disseminação do novo coronavírus.

“Com o distanciamento social, além de frearmos as taxas de infecção por Covid-19, também reduziremos o índice de infecções oculares. Essa é uma medida importante, assim como manter o hábito de higienização frequente das mãos e o uso de álcool gel”, ressalta.


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