O Conselho Brasileiro de Oftalmologia avançou mais um passo no diálogo com o Ministério da Educação para contribuir com a melhoria da formação do médico oftalmologista.

A Delegação da entidade participou de uma nova reunião na Secretaria de Educação Superior (SESu), com a equipe da Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde e integrantes da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Estiveram presentes a Presidente do Conselho, Wilma Lelis, a Secretária Geral, Maria Auxiliadora Frazão e o Coordenador da Comissão de Ensino, Jair Giampani Júnior.

O encontro ocorreu na última segunda-feira (05), em Brasília (DF), e foi o desdobramento de reunião promovida pelo MEC com o CBO em janeiro.

Para a presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Wilma Lelis, o encontro permitiu à entidade apresentar dúvidas e reiterar oferta de auxílio técnico à CNRM para melhorar o processo de avaliação dos médicos oftalmologistas. O objetivo é atender a Resolução nº 4, do Ministério da Educação, publicada em dezembro de 2023, modificando os procedimentos de avaliação de médicos residentes. Na oportunidade, liderada pela titular da Diretoria, Gisele Viana Pires, as equipes do MEC e do CNRM pediram ao CBO um conjunto de informações sobre o tema.

Presidente - “Foi uma reunião muito positiva. Demonstramos a CNRM o quanto o CBO está empenhado por uma melhor formação do residente em oftalmologia, avaliando seu aprendizado não apenas teórico, mas de habilidades para sua prática médica”, contou Lelis. Ela estava acompanhada pelo coordenador da Comissão de Ensino da entidade, Jair Giampani Júnior, e pela secretária-Geral do CBO, Maria Auxiliadora Monteiro Frazão.

Giampani destacou que o Conselho está à disposição para trabalho conjunto em duas frentes: ma questão da qualidade da avaliação na prova nacional da especialidade e na melhoria dos processos de credenciamento e recredenciamento de cursos. “Uma aresta pontuada é que cursos de residência - sem chancela do CBO - têm quase sempre desempenho aquém daqueles que contam com esse reconhecimento”, disse.

Proposta – Segundo ele, a expectativa da entidade é qualificar ainda mais a formação. “A matriz de competências é nosso Norte, nossa Constituição. Na medida em que se implementa a matriz em todos os cursos credenciados, com toda a certeza vamos ter um médico melhor formado para atender a população”, frisou Giampani.

Para a próxima reunião, apontou, a expectativa é que CBO, MEC e CNRM discutam e estabeleçam consenso em torno de medidas para melhorar o credenciamento e o recredenciamento de cursos, assim com a aplicação de provas de avaliação. “Qualquer proposta será construída em conjunto. O objetivo do CBO é colaborar, com a construção de uma proposta consensual”, informou o coordenador da Comissão de Ensino.

A secretária-geral do CBO também enfatizou a importância do diálogo aberto com o governo federal. “Durante a reunião, pudemos conversar de forma aberta e transparente, colocando todas as possibilidades dessa parceria”, disse Maria Auxiliadora. Segundo ela, o Conselho possui dados importantes que atestam sua experiência e evolução dentro do ensino”, acrescentou, os quais serão fundamentais para a qualificar o processo de formação do oftalmologista.