NK Consultores - A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados realizou, nesta quinta-feira (21), o Fórum Intercâmbio de conhecimento em complicações do diabetes.
O evento foi solicitado pelo deputado Dr. Zacharias Calil (UNIÃO-GO), através dos Requerimentos 14/2023 CIDOSO, 28/2023 CIDOSO e 36/2023 CIDOSO. Para ele, a junção do diagnóstico precoce e a falta de adesão ao tratamento trazem um resultado alarmante. Segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde realizada entre janeiro e setembro do ano de 2021, foram realizadas 12.639 cirurgias para amputações de membros inferiores, sendo uma média de 46 procedimentos por dia decorrentes do diabetes, dentre outras comorbidades que são consequências do mau controle glicêmico que podemos citar como problemas cardíacos, renais, oftalmológicos, e outros.
O Dr Alípio de Sousa Neto, vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo e representante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), destacou que pessoas com diabetes possuem 30 vezes mais chances de evoluir para cegueira quando comparadas com indivíduos não diabéticos, e que a retinopatia diabética está entre as principais causas de perda de visão em pessoas entre 20 e 75 anos, sendo o edema macular diabético o principal motivo. “Quanto maior o tempo com diabetes, maior o risco de comprometimento da retina. Se a glicemia não estiver sob controle, as chances de desenvolver a retinopatia também aumenta”, enfatizou.
Para ele, o diagnóstico e tratamento precoce são fundamentais. “Como a perda visual pode não estar presente nos estágios iniciais da retinopatia, o rastreamento oftalmológico de pessoas com diabetes é essencial para permitir o diagnóstico e a intervenção precoce em caso de retinopatia diabética”, salientou.
Dr Alípio destacou ainda, que o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) vem participando da luta contra a cegueira desde sua fundação e está aberto para estimular e ajudar nas políticas públicas.
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