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ANS realiza debate sobre Tomada Pública de Subsídios das Linhas de Cuidado Prioritárias na Saúde Suplementar

ANS realiza debate sobre Tomada Pública de Subsídios das Linhas de Cuidado Prioritárias na Saúde Suplementar

Nesta quinta-feira (07), a Agência Nacional de Saúde Suplementar realizou um debate sobre a Tomada Pública de Subsídios das Linhas de Cuidado Prioritárias na Saúde Suplementar.

Inicialmente, Maurício Nunes, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, destacou o objetivo do encontro, que é esclarecer os questionamentos dos diversos setores da sociedade sobre a consulta pública de subsídios, que visa receber contribuições sobre as diretrizes de cuidados consideradas para a saúde suplementar. Segundo o diretor, a participação popular enriquece o debate. Portanto, a presença dos representantes dos setores e da sociedade em geral é fundamental para colher subsídios técnicos para o desenvolvimento da estruturação das diretrizes de cuidado, considerando os diferentes níveis de atenção.

Em seguida, Angélica Carvalho, diretora adjunta da ANS, enfatizou a importância do tratamento e diagnóstico oportunos para os pacientes, destacando que a falta desses elementos aumenta as incertezas e a ineficiência do setor.

Durante sua fala, ela ressaltou que o aumento dos custos dos serviços e insumos, bem como dos preços dos planos e dos reajustes, o que resulta na perda de capacidade de pagamento dos contratantes. No entanto, Angélica observou que a percepção sobre a necessidade de manutenção do plano, especialmente após a pandemia, tem levado a um aumento no número de beneficiários no setor. Angélica fez um apelo para que todos colaborem e realizem pesquisas para identificar oportunidades de melhoria nas questões relacionadas à saúde. Essas pesquisas têm como objetivo desenvolver um manual com diretrizes prioritárias de cuidados para o setor suplementar, com fluxos assistenciais específicos para diferentes níveis de atenção e indicadores de acompanhamento.

Por fim, a diretora também ressaltou que o objetivo do debate é sensibilizar os agentes de mudança do setor que se destacam entre seus pares e identificar aqueles mais dispostos a fazer parte de uma rede de pioneiros inovadores. Esses indivíduos estariam dispostos a explorar novos caminhos para adotar as melhores práticas assistenciais, visando a obtenção de resultados positivos mensuráveis para o paciente.

Eno Dias Filho, especialista em medicina de família e comunidade, iniciou sua fala destacando a necessidade de que as linhas de cuidados tenham conexões fluidas, a fim de preservar uma visão abrangente das necessidades das pessoas. Ele ressaltou que o maior desafio é garantir uma atenção integral e eficaz.

Eno salientou a importância de todos terem acesso ao tratamento, atendimento e diagnóstico de forma eficaz e igualitária, promovendo assim uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. Por fim, ele destacou como a jornada de cuidados contínuos melhora a vida do paciente, resultando em um desfecho satisfatório.

Em sua conclusão, o especialista destacou a importância de realizar debates e compartilhar conhecimentos sobre assuntos relacionados à saúde e outros temas correlatos. Ele enfatizou que o compartilhamento de informações pode promover um sentimento de acolhimento e apoio mútuo entre os participantes.

Logo em seguida, Marco Túlio, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, ressaltou a extrema importância de organizar os recursos para estabelecer diretrizes essenciais que permitam aos pacientes garantir seu itinerário dentro das redes de saúde. Ele também destacou os recursos que são gastos de forma inadequada e desnecessária, aumentando os custos, e enfatizou a necessidade de garantir uma linha de cuidado para que o paciente seja tratado de maneira adequada.

De acordo com ele, o estabelecimento da linha de cuidados para as pessoas que necessitam é de suma importância, destacando a necessidade de acolhimento, compreensão e identificação das necessidades de todos os medicamentos a serem utilizados. Ele ressaltou a importância de estabelecer uma classificação de vulnerabilidade e fornecer apoio, otimizando os recursos que o paciente realmente necessita. Isso promove qualidade de vida e reduz a necessidade de idas frequentes aos hospitais.

Por fim, Marco destacou a importância de investir na qualificação dos pontos de atendimento e dos profissionais de saúde. Ele ressaltou também a importância de identificar e priorizar as linhas de cuidado mais relevantes no momento atual, trabalhando de maneira colaborativa e conjunta.

Katia Audi, coordenadora de indução e melhoria da qualidade setorial da ANS, destacou em sua apresentação sobre o projeto ’Linhas de Cuidados’ e seus desdobramentos na saúde suplementar. Ela propôs a realização de uma Tomada Pública de Subsídios, um mecanismo de consulta aberto ao público por um período definido, com o objetivo de coletar dados e informações por escrito, conferindo maior legitimidade às discussões regulatórias.

A Tomada Pública de Subsídios visa receber propostas estruturadas de linhas de cuidados prioritárias na saúde suplementar, contribuindo para a reorganização do cuidado com o intuito de melhorar a qualidade assistencial no setor. Essas propostas devem incluir fluxos, protocolos clínicos, diretrizes terapêuticas e indicadores de saúde.

Por fim, a coordenadora destacou que as doenças cardiovasculares, doenças metabólicas, doenças respiratórias, doenças mentais, doenças oncológicas, doenças bucais, doenças neurológicas degenerativas, doenças osteomusculares e doenças renais são as propostas de linhas de cuidados prioritárias na saúde suplementar, alertando que o período para o envio de contribuições para a ANS em relação à tomada pública é de 01/12/2023 a 30/06/2024, através do e-mail, e o documento deverá seguir o modelo de formulário proposto pela ANS.

Enfim, Ana Paula Silva Cavalcante, representante da ANS, destacou a importância da troca de informações e conhecimentos, desde o ponto mais simples até o mais complexo. Ela enfatizou o poder que um debate tem na vida de diversos profissionais e cidadãos.


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