Fonte: Coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Córnea (SBC), duas entidades médicas que realizam transplantes de córnea, classificaram como “gravíssimo” o erro que infectou seis pacientes com HIV, mas ressaltaram se tratar de um erro cometido por um laboratório, “não correspondendo ao nível de excelência de toda a rede envolvida no sistema”.
O CBO e a SBC afirmam que os bancos de tecidos oculares fazem um processo de atendimento aos pacientes que aguardam transplante de córnea e realizam sorologias para HIV, hepatites B e C, HTLV 1 e 2 em todos os doadores de córnea.
No caso do Rio de Janeiro, os pacientes que receberam as córneas não contraíram a infecção pelo HIV. As duas entidades médicas ressaltam ainda que não há relato na literatura médica da transmissão do HIV por meio do transplante de córnea, provavelmente por ser um tecido que não possui vasos sanguíneos.
Levantamento divulgado pelo CBO em setembro apontou que a fila de espera por um transplante de córnea no Brasil quase triplicou nos últimos dez anos. Subiu de 10.734, em 2014, para 28.937, até junho de 2024. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram o ranking de espera, com cerca de 12,5 mil pacientes. Tal aumento pode decorrer da interrupção nos procedimentos eletivos durante a pandemia de Covid-19 associado a uma insuficiência de doadores.
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