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Uma oftalmologia para o Brasil

Uma oftalmologia para o Brasil

Fonte: Artigo da doutora Wilma Lelis Barboza para a Revista UpPharma edição 211

O Dia do Médico é sempre um momento de celebrar e revisitar o caminho que trilhamos em nossas especialidades, reafirmando nosso compromisso com o bem-estar da sociedade. Entre as várias especialidades médicas, nós, oftalmologistas, nos orgulhamos do esforço contínuo para aproximar todos os brasileiros dos cuidados com a visão, especialmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nossa trajetória na busca por melhorias na assistência, o Fórum Saúde Ocular no SUS 2024, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), foi mais um importante passo. Às vésperas do 68º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que ocorreu de 4 a 7 de setembro, na capital federal, a sessão foi uma oportunidade de reunir especialistas, gestores públicos e políticos em torno de um tema essencial: a saúde ocular no Brasil.

Entre as causas de cegueira, o glaucoma e a retinopatia diabética precisam ser diagnosticados precocemente para que tenham um tratamento eficiente. Ciente disso, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) tem atuado de forma incansável para sensibilizar o país sobre a urgência de se priorizar a saúde ocular na agenda pública da assistência.

Entre as propostas defendidas pelo CBO está a criação de Redes de Atenção Estruturadas, fundamentais para assegurar que a população de todas as regiões do Brasil tenha acesso a cuidados oftalmológicos de qualidade. Outro ponto central das discussões é a saúde ocular infantil. A detecção precoce de problemas de visão em crianças faz a diferença para o desenvolvimento visual adequado, impactando pessoalmente, familiarmente e em toda a sociedade. Infelizmente, a realidade no Brasil ainda está longe do ideal.

A conscientização sobre a necessidade de avaliação rotineira, em períodos específicos, e a atenção aos sinais e sintomas precisa fazer parte da rotina das famílias, pediatras e professores. O CBO tem trabalhado ativamente para mudar essa realidade. No Fórum ocorrido em Brasília, destacou a importância da avaliação dos olhos ao nascer e a necessidade de uma rede de referenciamento para o cuidado das doenças congênitas e raras, que nessa idade são urgências.

A parceria com o Ministério da Saúde e entidades representativas, como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), é essencial para alcançar avanços rumo a esse objetivo. A realização do Fórum na Câmara dos Deputados evidenciou a importância da aproximação entre a classe médica e o ambiente político. Essa interação ajuda a garantir que as demandas da especialidade sejam ouvidas e atendidas, impactando diretamente os resultados da assistência aos pacientes.

O Brasil precisa criar mecanismos que facilitem o acesso ao diagnóstico precoce, ao tratamento e à reabilitação visual. O caminho para melhorar a saúde ocular no Brasil passa pela implementação de políticas públicas sustentáveis que considerem as particularidades de cada região. Isso implica medidas que vão desde a ampliação dos programas de acesso ao oftalmologista até o estímulo à reabilitação visual de pessoas que já perderam parcial ou totalmente a visão.

Cientes desse desafio, os oftalmologistas, com o apoio do CBO, continuarão a trabalhar pelo fortalecimento da assistência da saúde suplementar e do SUS, buscando torná-lo um modelo inclusivo e acessível, capaz de atender às demandas da população em todas as fases da vida. Dessa forma, com parcerias, ações coordenadas e compromisso com a saúde ocular, seguiremos avançando para que o direito de todos à visão seja plenamente exercido.

Clique aqui para ler a revista completa. 


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